sábado, 23 de julho de 2011

EU, VOCÊ E A NATUREZA...

"A turbulência por que passa o mundo pós-moderno não é o fim dos tempos como temem alguns, é apenas o fim de uma era, de um modelo, de um jeito de fazer as coisas: é o fim da era hegemônica do homem-social.
Estamos à beira de uma ruptura, da falência de um modelo de vida coletiva que atingiu seu limite máximo de elasticidade e não consegue mais responder às enormes demandas de um homem que se acha cada vez mais merecedor de mais bens, energia e conforto.


O homem-ecológico será aquele que conseguir, sem sacrifício, agir no cotidiano sentindo-se parte , e não gestor de seu habitat. Ele reconhecerá em todas as manifestações vitais - ar, água, animais, e plantas - os mesmos direitos que hoje atribui apenas aos seres humanos.


Significará uma mudança muito radical em nossa rotina; e isso não será fácil. Nossa espécie lutou muito para conquistar o grau de conforto que hoje tem e não abrirá mão facilmente disso. Dominar a natureza e tirar dela tudo que nos desse bem-estar foi a única preocupação das 4.000 gerações que nos antecederam. Não se muda uma tradição sem um “bom argumento”.

Um bom argumetno? Uma ruptura, uma boa sacudida, um susto,.algo que nos mostre de maneira dramática, clara e definitiva que o caminho que estamos seguindo chegou a seu fim e não tem volta nem correção de rumo. O que precisa mudar é o jeito de fazer as coisas, o contexto não o conteúdo. Não se pode prever o que será, mas terá ecológico como adjetivo, e ficará claro para todos que, ou mudamos de conduta ou feneceremos todos. Muitos estudos sérios já anunciam uma reação enérgica da natureza contra as agressões que vem sofrendo. A natureza não reage, se vinga! "

Fernando Soneghet, da EcoOca.

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